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Sofreu acidente em casa?

Aperte o botão!

Bruno Madrid
Kaique Barion
Letícia Albuquerque
 

“Nesse mundo não há mais o que inventar”. Se você já foi um dos que falaram essa frase durante o século 20, já deve ter percebido que não é verdade. Em constante evolução tecnológica, a sociedade, desde o início da década, tem se voltado na criação de acessórios modernos para que ela mesmo usufrua futuramente.

 

O crescimento do mercado tecnológico no Brasil está ajudando no aumento da qualidade de vida das pessoas, mas há um público, em especial, que pode usar a modernidade como braço direito: os idosos.Você que já passou dos 60 anos tem, nesta nova fase da vida, maiores preocupações com a saúde. E, para quem mora sozinho, a atenção precisa ser redobrada, já que não há ninguém de prontidão para ajudar em uma emergência.

 

Uma pesquisa do IBGE, realizada em 2013, apontou que 42,3% dos brasileiros que moram sozinhos são idosos. Isso representa mais de 3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que não dividem uma residência com ninguém. O levantamento também indicou que, até 2050, o número de idosos no país deve chegar aos 50 milhões.

 

Você ou alguém que você conheça já precisou de ajuda, porém o socorro demorou para chegar? Depois disso, resolveu procurar algo para obter maior segurança? Cansou de ficar dependendo dos outros para fazer algo ou não quer dá trabalho? Saiba que, vem ganhando força um método prático, moderno e eficaz. A teleassistência, que faz com que o idoso que mora sozinho consiga acionar uma central que busca resolver os problemas imediatamente para melhor qualidade de vida do idoso.

 

É muito comum saber que muitas famílias não têm tempo e condições de pagar um cuidador por questões financeiras, então, por isso, muitos familiares de idosos estão recorrendo ao uso dessa tecnologia que acaba agilizando o socorro.

 

Uma das empresas responsáveis pela revenda do sistema de teleassistência é a Filha&Cia: com um aparelho chamado Sirep, ela monitora o usuário 24 horas por dia - por meio de uma central - e presta serviço em qualquer tipo de problema doméstico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMO USAR O APARELHO?

O Sirep é instalado no idoso e conectado à linha telefônica residencial do local. O usuário utiliza durante todo dia o objeto – espécie de pulseira ou colar de plástico antialérgico e a prova d’água -, que pode acionado a qualquer instante por meio de um botão, caso precise de algum amparo.

O Público

“O público-alvo da empresa não é composto apenas por idosos: pessoas cardíacas e gestantes que moram sozinhas ou que passam boa parte do tempo desacompanhadas também podem usar o Sirep. O equipamento ajuda a salvar vidas. Se uma pessoa sofre um acidente e não é rapidamente socorrida, a sequela acaba sendo muito maior”

E custa caro?

Leal contou que, mesmo com a negação de sua tia em ter uma pessoa ao seu lado durante o dia, procurou opções do tipo. Mas, viu que economicamente era uma alternativa inviável para ela, já que contratar um cuidador particular exige registro na carteira profissional e total dedicação do profissional, inclusive em feriados e finais de semana, caso que não acontece com a teleassistência. “Para mim, é um custo altíssimo ter que administrar essas pessoas dentro de casa, então, é um gasto honesto poder utilizar essa tecnologia’’.

Vantagem

Desvantagem

Privacidade, praticidade, confiança, conforto e economia.

O produto está disponível somente para residências.

 

No mesmo instante em que o idoso aperta o botão de emergência, a central de monitoramento, que é controlada pela CSR, entra em contato com o usuário (fazendo contato pelo próprio aparelho, usando o viva-voz) ou com familiares cadastrados no plano de ação.

 

Se durante o processo nenhuma das pessoas do cadastro forem encontradas, a CSR comunica o serviço público de saúde da cidade e a ocorrência só é considerada encerrada após o atendimento ao usuário.

 

Apesar de o aparelho ter tecnologia norte-americana, ele é totalmente traduzido para o português, o que possibilita melhor manuseio, e possui a homologação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicação).

 

A educadora Márcia Leal, que mora na cidade de São Paulo, tem 60 anos e queria algo que a deixasse tranquila para que sua tia Venância da Silva, 91 anos, tivesse mais segurança em casa já que ela não tem filhos e mora sozinha em Atibaia, no interior de São Paulo.

 

Como Venância não gostaria de ter um cuidador ao seu lado e também rejeitou sair de onde mora, sua tia achou a solução na teleassistência. A sobrinha conta que a tia, inicialmente, teve uma certa resistência com o equipamento, mas com o passar do tempo observou que o utensílio é totalmente eficaz.

 

“Quando ela descobriu o que era o aparelho tecnológico, ficou com um olhar de desconfiança”, contou Leal.

 

A família diz que realiza testes no equipamento para verificar se ele está em perfeitas condições, com o objetivo de dar mais segurança e também lembrar Venância de que o aparato pode ser utilizado. A personalidade da tia fez com que o equipamento servisse também como algo que não a pressionasse. “Isso para ela é como se ninguém estivesse mandando. Então, ela aperta o botão a hora que quiser’’, explicou Marcia.  

 

Dantas ainda cita um estudo executado na Inglaterra sobre as consequências da teleassistência em hospitais: verificou-se uma redução de 20% no tempo de internações ocorridas por meio de emergências em residências. “Por um problema ser rapidamente assistido, as consequências provocadas em acidentes domésticos são menores, o que faz um paciente fica menos tempo no hospital”.

 

Como a sobrinha de Venância relatou, o preço para adquirir a teleassistência pode sair mais em conta do que a contratação de cuidadores. Na Filha & Cia, o valor do equipamento próprio, por mês, é de R$ 160,00. Para a instalação do material no idoso, é cobrada uma taxa de adesão de novos R$ 160,00. Após 30 dias, inicia-se o pagamento mensal.

O aposentado Antônio Oliveira tem 67 anos e é outro exemplo entre os idosos que começaram a utilizar a tecnologia a favor de sua saúde: ele usa cadeira de rodas há seis anos, mas há nove meses ganhou da família um novo equipamento, que permite ao usuário o controle de direções.

 

Oliveira explicou que a tecnologia proporcionou a liberdade que não tinha desde quando perdeu o controle nas pernas. “Eu dependia de alguém para me levar em todos os lugares. Agora essa dependência diminuiu”, contou.

 

Pedro Henrique Oliveira, filho de Antônio, disse que o valor da nova cadeira foi quatro vezes mais alto que a antiga, mas ver a melhoria na qualidade de vida do pai o fez muito realizado. “Enquanto a preocupação da família com ele diminuiu, é visível que a autoestima do ‘meu velho’ aumentou”.

Aparelhos ajudam na longevidade

Fabiana de Almeida, que é técnica de enfermagem, enxerga a tecnologia como aliada de idosos que têm problemas de saúde e citou alguns curativos que usa em seu dia a dia. “Há medicamentos que agilizam na cicatrização de feridas sem danificar o tecido do paciente. Isso é essencial para o idoso, que tem uma pele mais sensível e é mais vulnerável a este tipo de lesão”, explicou.

 

A fisioterapeuta Priscilla Rodrigues, que trabalha com idosos, mencionou os benefícios que a tecnologia traz fisicamente para este tipo de público. “Alguns aparelhos de extensão passiva foram criados apenas para os idosos. Neles, a pessoa faz um exercício físico de acordo com sua limitação. Depois dos 65 anos, o corpo sente mais dores, e nessa época é fundamental praticar algum tipo de atividade controlada.”

E quem trabalha com o equipamento?

Os equipamentos modernos que auxiliam os idosos também são colocados à disposição para quem vive emalgumas casas de repouso. Na Clínica Requinte, em Santo André, por exemplo, há cadeiras de rodas semelhantes a que Oliveira ganhou e uma série de itens tecnológicos e acessíveis. “Temos camas hospitalares com recursos sonoros, rampas e 16 câmeras de monitoramento, já que o idoso precisa de uma atenção especial. São itens que não existiam para pessoas que tinham idade avançada há alguns anos”, afirmou Itamar Pimenta, gerente do estabelecimento.

 

Pimenta também relacionou a importância dos avanços científicos e tecnológicos com alguns medicamentos que a clínica possui. Para ele, além de serem menos invasivos ao corpo do idoso, os remédios fazem com que a qualidade de vida do idoso melhore. “Com eles, o tempo de melhora de uma ferida, por exemplo, é consideravelmente reduzido”.

 

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